Quem já leu Rubem Alves sabe do seu estilo sensível, crítico e elegante de escrever. Seus livros indicados para crianças (deixemos para depois as considerações sobre porquê um livro é considerado para criança, lembremos apenas que os grandes livros de literatura infantil são obras de arte para todas as idades) não fogem desse estilo. 
Seu novo livro, O decreto da alegria (Editora Paulus, 24 págs, ilustrações de Luiz Maia, R$ 11,40) traz a história de um rei que decreta o fim das tristezas em seu reino. O rei tem um bom coração e quer apenas a felicidade do seu povo, mas sua cabecinha tola não o deixa perceber a importância da tristeza na vida das pessoas. O decreto exige que todos vivam felizes sob pena de serem castigados: com cócegas e piadas! No início, os súditos gostam da idéia, mas depois vão percebendo que há coisas tristes que já fazem parte de nossas vidas: o entardecer e a tristeza gostosa do crepúsculo, o canto triste do sabiá, a poesia triste e melancólica que comove nossos corações...Será que o rei perceberá a importância da tristeza até para que a própria alegria exista realmente? Só mesmo lendo o livro para descobrir... Com certeza você não irá se arrepender!
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